Se vender não é fácil, imagine fazer marketing de produto! Mesmo na era digital, apenas 17% das empresas realmente planejam suas estratégias digitais, o que mostra que muitas ainda têm dificuldade para se destacar no mercado.
Você sente que comunicar os diferenciais do seu produto é um desafio? Calma, que vamos te guiar começando por este conteúdo!
O marketing de produto existe justamente para transformar características técnicas em benefícios que realmente fazem sentido para o seu público, aumentando interesse, confiança e chances de compra.
Afinal, mais do que mostrar o que o seu produto faz, é preciso mostrar por que ele importa, comunicando de forma eficaz sua missão, visão e valores.
O que é o marketing de produto?
O marketing de produto (ou product marketing) é a área do marketing dedicada a conectar o seu produto ao seu público-alvo. A sua função é garantir que os consumidores entendam o valor do que você oferece, percebam como ele se diferencia da concorrência e, principalmente, sintam-se motivados a comprar o seu produto ou serviço.
Esse processo envolve várias áreas da empresa, como vendas, desenvolvimento de produtos, customer success e marketing. Todas trabalhando juntas para proporcionar a melhor experiência possível para os usuários.
Diferente de campanhas de branding ou ações publicitárias de curto prazo, o product marketing acompanha todo o ciclo de vida: desde o planejamento do lançamento, passando pela comunicação com o mercado, até a análise de resultados e os ajustes estratégicos.
Na prática, isso significa traduzir as características técnicas do seu produto em benefícios claros e relevantes para o consumidor. Em vez de falar apenas sobre especificações, você mostra ao cliente como aquilo pode melhorar a vida dele.
Qual a definição de produto no marketing?
No marketing, o produto não se limita a algo físico que você pode tocar. O conceito abrange tanto bens tangíveis (como roupas, eletrodomésticos e automóveis) quanto bens intangíveis ou digitais (como aplicativos, softwares, cursos online e serviços de streaming).
Em outras palavras, todo produto precisa de marketing para ser compreendido, adotado e valorizado pelo público. Um aplicativo de meditação, por exemplo, exige estratégias de marketing digital para ganhar visibilidade em lojas de apps, enquanto uma marca de roupas precisa de campanhas criativas para destacar-se em meio à concorrência do varejo.
Além disso, no marketing moderno, o produto não é apenas “o que se vende”, mas sim o pacote completo de valor: inclui a experiência de compra, o suporte ao cliente, o posicionamento da marca e até os valores que ela defende.
É por isso que empresas como a Apple ou a Nike conseguem cobrar preços premium, porque oferecem muito mais do que apenas um celular ou um tênis, mas uma experiência e uma identidade que acompanham o produto físico.
Em outras palavras, o que realmente conquista as pessoas é a visão de mundo que essas marcas representam, algo que vai além do produto em si.
Isso é um marketing de produto bem feito.
Qual a importância do marketing de produto?
O marketing de produto é a ponte entre a engenharia do produto e o mercado. Sua principal importância reside em garantir que o produto não apenas seja construído corretamente, mas que o público certo o entenda, o valorize e queira comprá-lo.
Ele atua em todas as fases do ciclo de vida de um produto, desde a concepção até a aposentadoria, com o objetivo de maximizar o sucesso no mercado. As responsabilidades-chave incluem:
- Entender o mercado, conhecendo profundamente as necessidades dos clientes, os concorrentes, o cenário competitivo e as tendências;
- Comunicar o valor do produto em benefícios claros e relevantes para o público-alvo;
- Atuar como um elo entre as equipes de produto, marketing, vendas e suporte para garantir que todos estejam sincronizados na estratégia de lançamento e promoção;
- Sem um marketing de produto forte, mesmo o melhor produto pode falhar por falta de visibilidade, posicionamento de marca incorreto ou uma comunicação ineficaz.
Marketing de produto vs. marketing de produção
O marketing de produção nasceu em um contexto em que bastava fabricar em grande escala e com baixo custo: acreditava-se que, quanto mais acessível e disponível fosse um produto, maior seria sua aceitação. Esse pensamento fazia sentido na era industrial, quando a demanda superava a oferta e a prioridade era eficiência produtiva e distribuição em massa.
Com o tempo, essa lógica deu lugar ao marketing de produto, que trouxe um olhar mais refinado. A ideia central passou a ser que os consumidores valorizam produtos que entregam qualidade, desempenho e inovação.
Nesse modelo, a atenção está na melhoria contínua e no desenvolvimento de soluções que se destaquem no mercado. Mais do que simplesmente fabricar, o marketing de produto busca criar algo que realmente conquiste e fidelize o cliente.
Diferença entre marketing de produto e outros tipos de marketing
Enquanto todas as áreas de marketing trabalham para promover algo, o marketing de produto tem um foco bem específico.
Por exemplo, o marketing de conteúdo concentra-se na criação e distribuição de conteúdo valioso e relevante para atrair e engajar um público definido. O marketing de produto usa o conteúdo como uma ferramenta para educar o mercado sobre o produto, mas o foco do conteúdo em si é mais amplo.
Por outro lado, o marketing de crescimento (Growth Marketing) busca otimizar o processo de aquisição e retenção de clientes. Ele é focado em experimentos e dados para impulsionar o crescimento. O marketing de produto colabora com o crescimento, fornecendo as mensagens e o posicionamento certos que serão testados em campanhas.
Tipo de Marketing | Foco Principal | Características |
Marketing de Produção | Eficiência na produção e distribuição em massa | Produtos amplamente disponíveis e de baixo custo |
Marketing de Produto | Qualidade, desempenho e inovação do produto | Melhoria contínua; produto superior deve se destacar no mercado |
Marketing de Conteúdo | Criação e distribuição de conteúdo valioso | Atrair e engajar público definido; educar o mercado |
Marketing de Crescimento (Growth) | Aquisição e retenção de clientes com base em dados | Testes, experimentos e otimização de campanhas |
Marketing Digital | Uso de canais digitais (SEO, mídias sociais, email) | Aumentar visibilidade online, gerar leads e vendas. |
O que faz o marketing de produto?
O marketing de produto é uma função estratégica que atua em todas as fases do ciclo de vida de um produto, desde a sua concepção e desenvolvimento até o lançamento, crescimento, maturidade e eventual declínio. Ele se concentra em entender as necessidades do mercado e dos clientes para posicionar o produto de forma eficaz, comunicar seu valor e impulsionar sua adoção e sucesso. Veja a seguir a rotina desse time para entender melhor a sua função na prática.
Como é a rotina de um time de marketing de produto?
A rotina de um time de marketing de produto é dinâmica e varia bastante dependendo da fase em que o produto se encontra (lançamento, crescimento, maturidade). As atividades mais comuns incluem:
- Pesquisa de Mercado e Cliente: Entrevistas com clientes, análise de dados de uso, coleta de feedback e monitoramento da concorrência para identificar oportunidades e desafios;
- Estratégia de Posicionamento: Definir a proposta de valor do produto, seu público-alvo e como ele se diferencia no mercado;
- Planejamento de Lançamento (Go-to-Market): Criar e executar planos para introduzir novos produtos ou funcionalidades no mercado, coordenando as equipes de engenharia, vendas e marketing;
- Criação de Conteúdo: Desenvolver materiais de vendas (decks, estudos de caso), conteúdo para o blog, landing pages e vídeos que comunicam o valor do produto;
- Habilitação de Vendas (Sales Enablement): Treinar a equipe de vendas e fornecer as ferramentas e informações necessárias para que eles consigam vender o produto de forma eficaz;
- Análise de Métricas: Acompanhar o desempenho do produto no mercado, como adoção, retenção e taxas de conversão, para otimizar as estratégias.
Quanto ganha um analista de marketing de produto no Brasil?
De acordo com o Glassdoor, o salário de um analista de marketing de produto no Brasil pode variar bastante com base na experiência, no porte da empresa e na localização. No geral, a média salarial para este cargo gira em torno de R$ 6.000,00, com valores que podem variar de R$ 4.000,00 para um nível júnior até mais de R$ 8.000,00 para um sênior.
Profissionais em grandes centros urbanos como São Paulo e cidades com forte ecossistema de tecnologia, como Florianópolis, tendem a ter salários mais altos.
Disciplinas do marketing de produto
O marketing de produto é uma área multidisciplinar que exige um conjunto de habilidades e conhecimentos variados. As principais disciplinas que o compõem são:
- Inteligência de Mercado: Compreender o cenário competitivo, tendências e o comportamento do consumidor;
- Posicionamento e Mensagem: Definir a identidade do produto e como ele será comunicado ao público;
- Go-to-Market (GTM): A arte e a ciência de planejar e executar lançamentos de produtos no mercado;
- Sales Enablement: Criar os recursos e o treinamento necessários para a equipe de vendas ter sucesso;
- Onboarding de Clientes: Desenvolver a jornada inicial do cliente com o produto para garantir que ele entenda o valor e use-o com sucesso.
É importante saber as disciplinas do marketing de produto porque elas oferecem uma visão abrangente e estruturada de como um produto se conecta com o mercado e com os consumidores.
Em resumo, conhecer essas disciplinas capacita as equipes a tomarem decisões mais estratégicas, desde a concepção do produto até sua consolidação no mercado, maximizando o sucesso e a longevidade.
Quais empresas costumam usar?
O marketing de produto se tornou uma disciplina fundamental para empresas B2C e B2B que criam e vendem produtos complexos ou inovadores. Ele é especialmente vital para:
- Empresas de SaaS (Software as a Service): Empresas que oferecem softwares por assinatura, como Adobe, Salesforce e Zendesk, dependem do marketing de produto para destacar suas funcionalidades, gerenciar lançamentos e reduzir o churn (abandono de clientes);
- Tecnologia e Startups: Empresas em rápido crescimento que lançam produtos digitais (aplicativos, plataformas, fintechs) precisam do marketing de produto para encontrar seu nicho de mercado e escalar rapidamente;
- Hardware e Eletrônicos: Fabricantes de eletrônicos, como a Apple, utilizam o marketing de produto para criar um forte desejo pelo produto antes mesmo do lançamento, através de mensagens e eventos estratégicos;
- Indústrias B2B (Business-to-Business): Empresas que vendem produtos para outras empresas precisam de marketing de produto para explicar o valor de suas soluções complexas, tornando-as compreensíveis para os tomadores de decisão.
Enfim, qualquer empresa com um produto ou serviço central para seu negócio pode se beneficiar de uma estratégia de marketing de produto bem executada.
Como fazer o marketing de um produto?
O marketing de produto não é uma ciência exata, nem um processo instantâneo, mesmo que você queira resultados imediatos. A verdade é que se trata de um processo estratégico que requer tempo, planejamento, execução e análise.
É por isso que cada etapa é uma oportunidade de entender melhor o mercado, conectar-se com o público e otimizar resultados. Seguindo um caminho estruturado, você aumentará suas chances de sucesso, evitando desperdício de recursos, tempo e esforços.
1. Pesquisa: conheça seu público
A base de qualquer estratégia de marketing de produto é a pesquisa. Sem compreender profundamente o mercado, os consumidores e a concorrência, não é possível desenvolver um posicionamento sólido.
Um dos primeiros pontos desta etapa é a definição da buyer persona. Uma representação semi-fictícia do cliente ideal construída a partir de dados reais.
Ela vai além de dados demográficos como idade e gênero: inclui motivações, hábitos de consumo, dores e expectativas.
Por exemplo, se uma empresa de tecnologia está lançando um aplicativo de finanças pessoais, sua buyer persona pode ser um jovem profissional entre 25 e 35 anos, que busca praticidade para organizar gastos e se preocupa com a educação financeira.

A pesquisa não deve se limitar a estatísticas: entrevistas em profundidade com clientes atuais e potenciais ajudam a revelar insights que dificilmente aparecem em números. Perguntar diretamente sobre frustrações, preferências e comportamentos de compra pode gerar informações decisivas para o desenvolvimento do produto e para sua comunicação.
Outro aspecto essencial é o envolvimento dos stakeholders, desde equipes internas (como vendas, suporte e desenvolvimento) até parceiros externos. A visão de cada grupo traz ângulos diferentes sobre os problemas a serem resolvidos e garante que o produto final esteja alinhado às reais necessidades do mercado.
Grandes empresas como a Apple e a Netflix são conhecidas por esse processo colaborativo, em que diferentes áreas participam da fase de pesquisa para evitar que decisões sejam tomadas de forma isolada.
2. Estratégia de posicionamento de produto
Com os dados em mãos, é hora de transformar pesquisa em ação. A estratégia de marketing de produto funciona como um mapa, guiando desde o lançamento até a consolidação no mercado.
O primeiro passo dessa fase é definir o posicionamento: como o produto deve ser percebido pelo público em comparação aos concorrentes. Um bom exemplo é a Tesla, que não vende apenas carros elétricos, mas a ideia de inovação tecnológica e sustentabilidade. Esse posicionamento claro orienta todas as mensagens e campanhas.
Outro elemento estratégico é o go-to-market (GTM), ou plano de entrada no mercado. Ele inclui canais de distribuição, definição de preço, proposta de valor e até a escolha do momento ideal para o lançamento.
Startups de software costumam optar por modelos de assinatura acessíveis ou até gratuitos no início, focados em conquistar escala rapidamente antes de ajustar preços.
Sem uma estratégia bem definida, as ações de marketing tendem a ser desconexas, gerando desperdício de recursos e pouca tração.
3. Proposta de valor: qual o diferencial do produto?
É aqui que a teoria encontra a prática. A fase de execução exige coordenação entre diferentes equipes: marketing, vendas, produto e até suporte ao cliente.
Campanhas de pré-lançamento, como teasers nas redes sociais, eventos online ou programas de beta testers ajudam a criar expectativa e a se inserir no nicho desejado. Empresas como a Nintendo usam esse recurso de forma magistral, liberando trailers curtos e misteriosos que geram milhões de interações antes do lançamento de um jogo.
Além disso, os materiais de comunicação precisam estar prontos: desde descrições persuasivas no site até apresentações para equipes comerciais. Cada ponto de contato deve reforçar a proposta de valor definida na estratégia.
A execução também exige flexibilidade. Se os primeiros feedbacks mostram resistência a um recurso ou dificuldade na usabilidade, ajustes rápidos podem ser decisivos para o sucesso.
4. Divulgação do Produto
Depois de garantir uma boa execução, chega a etapa de levar o produto ao mercado de forma estratégica. Aqui, a meta é gerar visibilidade e despertar interesse. Isso pode envolver desde campanhas de mídia paga e parcerias com influenciadores até estratégias de PR (relações públicas) e conteúdos educativos.
A escolha dos canais de divulgação deve estar alinhada ao perfil do público-alvo: enquanto um software B2B pode apostar em webinars e whitepapers, uma marca de consumo pode ganhar força em plataformas como TikTok ou Instagram.
O segredo está em criar mensagens consistentes e impactantes, que reforcem a proposta de valor e transmitam confiança.
5. Análise de Resultados
Depois do lançamento, medir o impacto é essencial. O marketing de produto não termina na execução: ele precisa ser avaliado constantemente para identificar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado.
Métricas como taxa de conversão, churn (taxa de cancelamento), Net Promoter Score (NPS) e participação de mercado fornecem dados objetivos. Por exemplo, se um aplicativo registra muitos downloads, mas também um alto índice de desinstalações após poucos dias, isso indica um problema na retenção de usuários.
Por outro lado, ferramentas como Google Analytics e HubSpot permitem acompanhar toda a jornada do cliente e identificar tanto as fortalezas quanto as oportunidades de melhoria. Essa análise orientada por dados substitui suposições ou “achismos” e garante decisões muito mais estratégicas e assertivas.
6. Tomada de decisões
Com os resultados analisados, chega o momento da tomada de decisão. Essa etapa é crucial porque define se a estratégia deve ser mantida, ajustada ou completamente repensada.
Se os indicadores são positivos, pode-se ampliar o investimento em canais que deram retorno. Caso contrário, é preciso reavaliar hipóteses: será que o produto está mal posicionado? O preço está desalinhado com o mercado? O público-alvo foi bem definido?
Empresas como Spotify já passaram por esse processo diversas vezes. Originalmente focada somente em música, a plataforma expandiu para podcasts após identificar uma tendência de consumo de áudio sob demanda, decisão baseada em análise de dados e percepção do comportamento do público.
A tomada de decisão no marketing de produto deve ser contínua: o mercado muda, os concorrentes inovam e os consumidores ajustam suas preferências. Por isso, o ciclo recomeça sempre na pesquisa, criando um processo dinâmico e em constante evolução.
7. Aprendizado Contínuo
O mercado está em constante transformação e, para manter seu produto relevante, é essencial cultivar o aprendizado contínuo.
Essa mentalidade permite que você acompanhe tendências, se adapte rapidamente a mudanças e evolua a estratégia de marketing consistentemente.
Sendo assim, algumas práticas importantes incluem:
- Seguir tendências: acompanhe novidades do setor, movimentos da concorrência e comportamento do consumidor. Observe as plataformas que mais fazem sentido para sua audiência (do LinkedIn ao TikTok) e use essas informações para ajustar campanhas e identificar oportunidades antes da concorrência;
- Fazer networking: participe de eventos, fóruns e comunidades da área. Trocar experiências com profissionais e entusiastas ajuda a descobrir insights, parcerias e práticas inovadoras;
- Aprender com os erros: nem toda ação terá o resultado esperado. Encare falhas como oportunidades de aprendizado, ajuste a estratégia e siga em frente sem frustração;
- Atualização constante: invista em cursos, leituras e workshops sobre marketing, tecnologia e comportamento do consumidor. Manter-se atualizado é um diferencial competitivo, especialmente em áreas que mudam rapidamente, como marketing e tecnologia.
O aprendizado constante garante que sua estratégia de marketing de produto seja resiliente e capaz de se adaptar, mantendo a relevância e o crescimento sustentável ao longo do tempo.
Dicas sobre como falar de um produto (e porque precisa de conteúdo)
Falar sobre um produto vai muito além de listar suas características técnicas. O desafio está em traduzir especificações em benefícios reais para o consumidor e, ao mesmo tempo, construir relevância no ambiente digital.
Além disso, estudos indicam que 60% das pessoas se sentem inspiradas a comprar um produto após ler sobre ele. É aqui que o conteúdo se torna indispensável.
Um bom conteúdo ajuda a educar, engajar e convencer o público de que aquele produto é a melhor solução disponível. Para isso, vale aplicar diferentes estratégias:
1. SEO: ser encontrado no momento certo
Quando alguém pesquisa no Google por “melhor celular com boa câmera” ou “curso online de inglês rápido”, a empresa que aparece nos primeiros resultados tem muito mais chances de conquistar esse cliente. O SEO (Search Engine Optimization) é a ferramenta que garante essa visibilidade orgânica, conectando o seu produto a consumidores que já têm intenção de compra.
Por isso, é fundamental que você crie páginas otimizadas, descrições detalhadas e artigos que respondam às dúvidas mais comuns do seu público (como “qual o melhor modelo para iniciantes?”). Assim, além de atrair tráfego qualificado, você aumenta a relevância da sua marca nos buscadores.
E o impacto é real: uma pesquisa da Power Reviews revelou que 99% dos compradores fazem uma busca online antes de decidir por um produto. Ou seja, se o seu produto não aparece nos resultados, você praticamente deixa de existir para a maioria dos consumidores.
2. Conteúdo gerado pelo usuário (UGC)
Hoje, consumidores confiam mais em recomendações de outros clientes do que em anúncios diretos das marcas. O UGC (User Generated Content) como avaliações, depoimentos em vídeo, fotos no Instagram ou unboxings no TikTok, é uma das formas mais poderosas de mostrar credibilidade.
Marcas como a Insider, uma loja brasileira de roupas para o dia a dia, cresceram justamente apoiando-se em comunidades e influencers que produziam conteúdo espontâneo sobre os produtos, transformando clientes em embaixadores naturais.

3. Storytelling: vender histórias, não só produtos
Um tênis não é apenas “leve e confortável”; ele pode representar superação, estilo de vida e pertencimento. O storytelling dá vida ao produto, criando narrativas que conectam emocionalmente com o público.
Campanhas da Nike, por exemplo, associam seus calçados a histórias de atletas que quebram barreiras, reforçando valores de motivação e conquista.
4. Multicanalidade: estar onde o cliente está
Falar de um produto hoje exige presença em diferentes canais: redes sociais, blogs, newsletters, marketplaces e até podcasts. A chave é adaptar a mensagem para cada formato, sem perder consistência.
Um vídeo curto no TikTok pode despertar curiosidade, enquanto um artigo de blog detalhado ajuda a tirar dúvidas e impulsionar a decisão de compra.
5. Educação como estratégia
Consumidores valorizam marcas que os ajudam a tomar melhores decisões. Criar conteúdo como guias, e-books, webinars ou posts educativos é uma forma de posicionar o produto como solução natural para os problemas do cliente.
Empresas de software, como a HubSpot, são referência nesse modelo: oferecem tanto conhecimento gratuito que acabam se tornando líderes de mercado.
Ferramentas para fazer marketing de produto
Para otimizar o trabalho de marketing de produto, existem diversas ferramentas que auxiliam em diferentes etapas do processo. A escolha depende das necessidades da equipe e do orçamento.
1. Ferramentas de Pesquisa e Análise de Mercado
Essas ferramentas ajudam a entender o cenário competitivo, o comportamento do cliente e as tendências.
- Surveymonkey: Ideal para criar e analisar enquetes com clientes;
- Typeform: Permite construir questionários interativos e visualmente atraentes para coletar feedback;
- Hotjar: Mostra como os usuários interagem com o seu site por meio de mapas de calor e gravações de sessões, o que é crucial para entender a experiência do usuário;
- Ahrefs ou Semrush: Essenciais para análise de benchmark, pesquisa de palavras-chave e monitoramento de SEO, ajudando a identificar oportunidades de mercado e a estratégia de conteúdo dos competidores.
2. Ferramentas de Gerenciamento de Projetos e Lançamento
Ferramentas que centralizam o fluxo de trabalho e garantem que todos estejam alinhados durante o planejamento e a execução de lançamentos.
- Trello ou Asana: Oferecem painéis visuais para organizar tarefas, responsabilidades e prazos. São ótimos para coordenar o plano de lançamento (go-to-market);
- Airtable: Combina a flexibilidade de uma planilha com a estrutura de um banco de dados, sendo perfeito para organizar roteiros de produto, listas de recursos e planos de comunicação.
3. Ferramentas de Comunicação e Conteúdo
Essas ferramentas são utilizadas para criar os materiais que comunicam o valor do produto para o mercado.
- Canva ou Figma: Essenciais para a criação de materiais visuais, como infográficos, posts para redes sociais e apresentações de vendas. O Figma é particularmente útil para prototipagem e design de UI/UX, atuando em conjunto com a equipe de produto;
- Dropbox ou Google Drive: Para armazenar e compartilhar de forma organizada os materiais de marketing, como documentos, imagens e vídeos, com as equipes de vendas e suporte;
- Mailchimp ou ActiveCampaign: Auxiliam na criação e automação de campanhas de email marketing, sendo vitais para nutrir leads e anunciar novidades para a base de clientes.
4. Ferramentas de Dados e Analytics
O marketing de produto é guiado por dados, e essas ferramentas fornecem as métricas necessárias para tomar decisões.
- Google Analytics: Ajuda a monitorar o tráfego do site, a origem dos usuários e o desempenho de landing pages;
- Mixpanel ou Amplitude: Ferramentas de análise de produto que rastreiam o comportamento do usuário dentro do seu produto. Elas são cruciais para entender como as pessoas usam as funcionalidades, o que é valioso para a equipe de produto e para refinar a estratégia de comunicação.
Modelos de marketing de produto
O marketing de produto não segue uma única “fórmula”, mas se baseia em frameworks e modelos que guiam as ações do time.
- Modelo de Ciclo de Vida do Produto: Este é um modelo clássico que guia as estratégias de acordo com a fase do produto no mercado: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Em cada fase, o time de marketing de produto ajusta suas prioridades, como o foco em conscientização na introdução ou em diferenciação e retenção na maturidade;
- Flywheel: Contrário ao funil de vendas tradicional, o flywheel (volante) é um modelo que busca gerar crescimento contínuo. Ele se baseia em atrair, engajar e encantar clientes. O marketing de produto atua nesse modelo garantindo que o produto em si seja uma fonte de atração e que a experiência do cliente seja tão boa que ele se torne um promotor da marca, gerando um ciclo virtuoso de crescimento.
Cases de sucesso em marketing de produto
Apple:
A Apple é o exemplo mais emblemático. O marketing de produto da empresa não se limita a vender celulares, mas a vender uma ideia, um estilo de vida e um ecossistema. Antes de cada lançamento, a Apple cria um buzz enorme, controlando a narrativa e a percepção de valor dos seus produtos.
A comunicação é simples, focada nos benefícios e na emoção, e não nas especificações técnicas. O marketing de produto da Apple é o que transforma o lançamento de um produto em um evento global.
GoPro:
A GoPro não vendeu apenas câmeras de ação; ela vendeu a capacidade de capturar e compartilhar aventuras. O marketing de produto da GoPro foi construído em torno de uma estratégia de conteúdo gerado pelo usuário.
Ao incentivar os clientes a criarem e compartilharem vídeos de suas próprias aventuras, a marca transformou seus usuários em embaixadores, construindo uma comunidade forte e provando o valor do produto em situações reais, extremas e inspiradoras.
Notion:
O Notion é uma ferramenta de organização de trabalho que se destacou em um mercado saturado. Seu sucesso de marketing de produto veio do foco em um lançamento estratégico, uma experiência de usuário intuitiva e a criação de uma comunidade forte. O
Notion se posicionou como uma solução “tudo-em-um” para organização, usando conteúdo educativo para mostrar o valor do produto e incentivando os usuários a compartilharem seus próprios modelos e casos de uso, transformando a comunidade em um motor de crescimento.
Como se relaciona o branding com o produto?
Quando você pensa em vender um produto, não está apenas oferecendo algo para o consumo: está entregando uma experiência. É nesse ponto que o branding e o marketing de produto se encontram. Enquanto o marketing de produto mostra ao público por que sua solução é útil, o branding cria o significado que dá valor a essa solução.
Uma boa estratégia de marketing vai além de destacar características técnicas: ela conecta o produto às necessidades humanas que ele resolve. Em outras palavras, você não vende apenas o que o produto faz, mas o que ele representa na vida das pessoas.
Um exemplo clássico é a Starbucks. A marca não vende apenas café: oferece um espaço de convivência, personalização e senso de pertencimento. No livro Dedique-se de Coração, podemos acompanhar a história de Howard Schultz e como ele criou uma experiência que continua a se conectar profundamente com o público.

Nesse caso, vemos como o branding construiu a percepção de que tomar um café na Starbucks é viver uma experiência única, associada ao estilo de vida, conforto e comunidade. O marketing de produto, por sua vez, garante que cada bebida, cada aplicativo de fidelidade e cada detalhe do atendimento estejam alinhados a essa promessa.
Esse equilíbrio entre branding e marketing de produto é o que transforma um item comum em um produto desejado.
Trabalhe com profissionais para fazer o marketing de seu produto
No fim das contas, o marketing de produto é o que garante que aquilo que você oferece seja realmente compreendido, valorizado e desejado pelo seu público. Mais do que mostrar funcionalidades, ele traduz a sua proposta em benefícios claros, conecta sua marca às necessidades das pessoas e ajuda você a se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Mas é verdade: estruturar uma estratégia consistente nem sempre é fácil. Se você sente dificuldade em comunicar o valor do seu produto, ou se acredita que poderia vender mais com a mensagem certa, contar com especialistas pode ser o diferencial que faltava.
A VILA Branding é uma consultoria que ajuda você a alinhar marca e conteúdo, criando narrativas que realmente fazem sentido para o seu público. Com uma visão estratégica e prática, a VILA apoia negócios que querem transformar produtos em experiências relevantes e memoráveis.
Se o seu desafio é vender melhor, buscar o apoio de uma consultoria pode ser o próximo passo para destravar todo o potencial da sua marca.
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